Macri, que tomará posse no próximo dia 10, será recebido por Dilma no Palácio do Planalto, no primeiro contato pessoal entre eles.
Durante a campanha eleitoral na Argentina, Dilma mostrou apoio velado ao candidato governista Daniel Scioli, que perdeu para Macri por uma diferença de três pontos percentuais.
Após a divulgação dos resultados das eleições de 22 de novembro, Dilma felicitou Macri por sua vitória e o convidou para "trabalharem juntos" em favor de uma relação mais próxima, tanto entre os dois países como no Mercosul.
Nesse sentido, fontes oficiais brasileiras disseram à agência Efe que o governo Dilma confia que Macri apoiará a maior abertura comercial da Argentina que o bloco reivindica, o que pode ser "positivo" para o acordo que o Mercosul tenta fechar com a União Europeia (UE).
A visita de Macri a Brasília ocorrerá dois dias antes das eleições parlamentares na Venezuela, país ao qual o presidente eleito da Argentina propôs que seja aplicada a "cláusula democrática" do Mercosul, que prevê sanções quando se comprovem rupturas institucionais.
Dilma se referiu à posição de Macri sobre a Venezuela esta semana e declarou que a chamada "cláusula democrática" do bloco "não pode ser aplicada em função de hipóteses, mas baseada em fatos concretos", o que, para ela, não é o caso.
Mesmo tendo mantido uma relação estreita com o governo de Nicolás Maduro, nos últimos meses o Brasil endureceu o tom com a Venezuela e na semana passada condenou em duros termos o assassinato de um opositor venezuelano durante um comício eleitoral.
Em uma nota oficial, o governo brasileiro rejeitou "firmemente o uso de qualquer tipo de violência que possa afetar o bom desenvolvimento do processo eleitoral" e pediu às autoridades venezuelanas que "investiguem os fatos e punam os responsáveis".
Também afirmou que "é responsabilidade das autoridades venezuelanas zelar para que o processo que culminará com as eleições legislativas transcorra de forma limpa e pacífica, de modo a permitir que o povo exerça com tranquilidade seu dever cívico e tenha sua vontade soberana plenamente respeitada".
Fonte: Uol
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