De acordo com o coordenador do Banco de Olhos, o oftalmologista Uchoandro Uchoa, o brasileiro ainda não adotou a cultura do transplante de órgãos. Isso acaba interferindo no tempo de espera. Apesar disso, se comparado aos índices de anos anteriores o número de doações aumentou e, consequentemente, o tempo de espera diminuiu.
“No número de captação não é excelente, mas é um bom número. Temos uma média de três doações por semana com tempo de espera de cinco meses. Tivemos momentos em que a fila de espera ficou zerada. Olhando para os anos anteriores, em 2008, por exemplo, a espera era de três anos e meio”, contou.
De acordo com Uchoandro, o número de doações irá aumentar a medida que a população se tornar mais consciente quanto a importância dos transplantes.
“Após perder um ente querido, o familiar precisa conciliar o sentimento de perda organização de velório e enterro. Por esse motivo, a doação espontânea tem um índice muito baixo em qualquer lugar do mundo. É preciso ter um trabalho massivo de conscientização. À medida que a informação sobre a importância das doações é repassada, mais a população se tornará consciente”, afirmou.
O transplante de córnea é adotado nos casos em que for constada a incidência de doenças e deficiências que afetem a transparência da córnea. As doenças mais comuns que causam a necessidade do transplante são a Ceratopatia Bolhosa e a Ceratocone. Na região nordeste, as infecções oculares também estão entre os motivos que levam uma pessoa a realizar um transplante.
Entram na lista de prioridade de transplantes, as crianças com menos de sete anos de idade e que tenham problemas nas duas córneas, casos de urgência e pacientes que tenham perdido a córnea transplantada até 90 após a cirurgia.
Fonte: Portal Noar
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